segunda-feira, 13 de junho de 2016

Cadeira de Balanço

Olá visitantes do GDR (Guaraná de Rolha)...

Trago para vocês hoje um projeto interessante, o restauro de uma cadeira de balanço. Antes de começar a mostrar, vou descrever uma das técnicas para adquirir móveis e objetos passíveis de restauração: O LIXO.
Vocês não leram errado, sim O LIXO!!! A cultura social do consumismo hoje em dia faz com que as pessoas descartem coisas bem interessantes sem saber ou entender o verdadeiro valor de tais objetos. O mais engraçado é que as pessoas descartam objetos cuja durabilidade e qualidade são praticamente infinitas desde que bem cuidados e compram em seu lugar objetos cuja qualidade e durabilidade não se comparam ao objeto descartado, ou seja é a cultura do visual. Um objeto visualmente bonito não implica necessariamente em um objeto de qualidade. 
O exemplo disso são os móveis. Os móveis comprados em lojas populares hoje em dia são compostos de materiais sintéticos conhecidos como mdf, aglomerados ou compensados (não falarei sobre esses materiais nesse post) cuja durabilidade não chega a 1/10 da durabilidade dos móveis de madeira maciça.
A cadeira abaixo é feita de cerejeira e foi encontrada por meu pai em um lixão próximo de minha residencia.

O mais caro desse projeto foram a espuma e o tecido utilizado, que custaram juntos R$ 50,00.

Lista de Materiais utilizados.

Velatura de Embuia.
Seladora Sayerlack
Espuma de 5 cm
Tecido de Estofamento.
Compensado de 12 mm
Madeira Pinus 2.5 mm espessura.
Percevejos de Tapeceiro

Custo da restauração: R$ 88,50.



Essa é a foto da cadeira pronta, sendo este o resultado final. Abaixo segue a foto de todas as fases de restauro.

Detalhe de como foi encontrada. Ainda com as molas de balanço bem conservadas.
Detalhe da mola.


Detalhe da parte inferior da cadeira sendo reconstituído



Assentos sendo reconstruídos. Como não havia cerejeira disponível para compra, a armação dos assentos foram feitos de Pinus.



Reconstrução das bases do encosto e do assento. Nesse caso haveria posteriormente um estofamentos, então a opção mais viável seria utilizar chapas compensadas de 12 mm.





As madeiras utilizadas foram de diferentes colorações e texturas. Para contornar esse problema, optei por tingir a cadeira com velatura de Embuia, o que conferiu essa coloração escura.




Primeiro teste de estofamento. Foi utilizado um tecido que eu já possuía na oficina. A espuma que foi utilizada foi uma espuma comum de 5 cm de espessura.




O assento foi estofado com o mesmo tecido e espuma.




A cadeira de balanço em sua nova morada! Prontinha e sendo cobiçada pelos visitantes amantes de antiguidades!

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